Faz oito anos que o judô é parte das nossas vidas, o filho foi o primeiro a praticar, depois minha filha trocou a natação pelo judô e por último meu marido. Hoje os três são faixa marrom e ano que vem começam a se preparar para a faixa preta. E eu? Bom, eu costumo responder que sou a que fico na retaguarda, dando assistência.
O judô, para quem não sabe, significa “caminho suave”; pelo que entendo, Jigoro Kano (fundador) colocou esse nome porque a idéia era criar uma arte marcial diferente do jiu-jitsu, com golpes menos violentos que possibilitassem usar a força do adversário a seu favor.
Falando como mãe, agradeço todos os dias pela escolha, o judô é maravilhoso. É um esporte que mobiliza a família, nos mostra a importância da humildade, da persistência, da superação, da disciplina e muitas outras virtudes. Não é fácil, exige muito dos praticantes; alguns como meu filho se tornam atletas e são muitas barreiras a serem vencidas. Ser atleta envolve uma série de renúncias e o emocional é o que mais pesa. Transformar o suor e as lágrimas em algo bom independente dos resultados não é fácil. É um trabalho diário que envolve muito treino e muito diálogo. Tem que fortalecer o corpo e a mente!
Hoje além dos filhos e do marido, tem na família o genro e o neto que são judocas e espero que se torne uma tradição por muitas gerações. E quem sabe o meu filho, ou meu neto(a), ou bisneto(a), seja uma referência para muitas outras pessoas, como um campeão mundial ou olímpico. Que o judô seja acima de tudo, mais uma forma de sermos lembrados na família, de inspirar a paixão e a união. E que a minha frase preferida, e que desconheço o autor, seja sempre uma máxima: “Com coragem, através da honra, e pelo Amor, sempre!”